27 de agosto de 2008

Perdida dentro de mim

Poema de um autor fantasma

Não quero falar
Não quero saber
Não quero esquecer
Não quero sentir
Não quero pedir
Não quero achar
Não quero pensar

E não quero ler esse poema
Não quero olhar no espelho
E nada enxergar
Afinal, o vazio que tomou conta de mim
Fez com que eu
Não mais existisse.

22 de agosto de 2008

Sol e chuva...arco-íris de poesia...!

Claras gotas de poesia

Água que vem do alto
Para purificar
Para nos fazer
Pensar
Para mudar o dia

Luz, no entre-nuvens
Entra em meus olhos
E reflete a beleza
De um novo dia
Que se abre, tão oportuno

As idéias surgem completas
As palavras vem
Com facilidade incrível
Pois, de todas as poesias
A mais bela
É a própria vida.

17 de agosto de 2008

As nossas diferenças que são a beleza desse mundo...!

Meu jeito, tuas maneiras

Meu modo de olhar
É diferente do seu
Uma nuvem pode ser seu sonho
Mas não o meu
Em um lugar calmo
Você boceja e dorme
E eu?
Não agimos da mesma forma
Pertencemos ao mesmo mundo
Mas não temos igual memória
Cada qual com seus valores
Eu com os meus, ele e os dele

Contudo, inventaram a conversa
A discussão jamais cessa
Enquanto os olhares
Não se fundem
Ou se separam de uma vez por todas.

15 de agosto de 2008

E os aniversários continuam...hoje o poema é seu, Cá..!

Oi Cá!

Uma palavra
Ou melhor, duas
Que mudam o dia

Com tão pouco
Expressa-se a amizade
A porta é aberta
E começa a conversa

Tudo é assunto
Risada não falta
E, claro,
Muitos doces para acompanhar

Duas palavras
Um grande sorriso
E uma história pra contar
Umas vezes com citações de Friends
Outras vezes...também

Pessoa bela e sincera
Dona de um coração grande
Com espaço para todos os amigos
Agradeço a Deus por ser uma delas!



Happy birthday Carol...!

Today is your day, enjoy it...!

Do you now there are no pictures of us 2gether?! Let's solve this problem today ok?

13 de agosto de 2008

Homenagem ao aniversariante do dia, meu pai...!

Voz do coração

Ruídos vem me incomodar
Unem-se para atrapalhar
Brigo com o meu mundo
Espero respostas, mas
Não encontro e me sinto


Ouço sua voz filha

Medos não se cansam de chegar
E, para piorar, não sei contra quem
Lutar
Hoje vou mudar
Ouço alguém me guiar
Rio

Pode confiar, filha
Atenta você consegue
Inteligência você tem

De onde vem essa voz que só meu coração
Ouve?

Medito as possibilidades
Uso a logística herdada
No carro e em casa
De Guarulhos, para vocês:
O melhor pai do mundo !

10 de agosto de 2008

Aprendendo a escrever - parte II

Afundando no rio

Sua vida era sem graça
Suas amizades estavam gastas
Era como se tudo estivesse
Afundando no rio

Um desejo tinha
Mas como conseguiria?
Seu sonho, certamente, acabaria
Afundando no rio

Naquela tarde se encheu de coragem
Olhou para seu reflexo no espelho
E disse que nunca mais seria alguém
Afundando no rio

Encontrou a rua e o galpão
Onde o grupo de alfabetização para adultos
Resgatava vidas que estavam
Afundando no rio

Aprendeu a ler e a escrever
E ao velho RG
Que dizia “não alfabetizado”
Amarrou uma pedra
E o assistiu
Afundando no rio
Junto com todo o seu passado.

8 de agosto de 2008

Aprendendo a escrever - parte I

Um simples desejo

Cresceu no campo
Com flores e árvores
A coroar seu caminho

Tornou-se bela mulher
Casou-se de véu e grinalda

Mudou-se para um belo sítio
Casa grande de paredes brancas
Pintadas de pouca paz

Seu coração ainda não estava totalmente
Feliz

Seu marido, um homem importante
Carinhoso e trabalhador
Um pouco nervoso
Mas quem não é?

Um dia ele teve uma idéia
Que mudaria a vida deles
Para sempre

Transformou a bela varanda do sítio
Em uma sala de aula
Trouxe um professor
E foram ensinadas as primeiras letras
Para ele e para os que com ele trabalhavam

Ela não conseguia esconder
Sua vontade de saber ler
De se fazer entender
De poder escrever

Mas não podia
Chegava até a porta da varanda
Com uma bandeja nas mãos
Servia o lanche
E voltava para dentro de casa

Aquilo a consumia dia após dia...

Hoje, porém tudo se fez novo
Seu marido já está com Deus
E ela agora mora na cidade
Vai todos os dias a um grupo de alfabetização de adultos
E ali se encaixa, se sente bem

Já sabe ler e escrever
Conta sua história sem medo
De errar ou se engasgar
E continua trazendo
A bandeja do lanche
Para suas colegas de classe.

4 de agosto de 2008

Olhando para trás...

Baú de memórias

A porta emperra
Não quer abrir
E me deixar ver
O que eu quis esconder

A garganta coça
Incomoda
Vou absorvendo este ar
Nostálgico

Fotos, cartas
Papéis sem fim
Uma boneca bailarina
Uma flor
Que arranquei do jardim

A náusea das lembranças
Toma conta de mim

Enfim
Fecho a porta
Viro as costas
E sigo minha vida
Como se o passado
Jamais houvesse passado

Mas passou, ficou
E ajudou a formar
O que sou hoje

Por mais que eu não queira...