31 de julho de 2008

Poesia típica de fim de férias...rs

Não-vontade

Não sei como começar
Nem sei onde chegará
Este poema, ou melhor,
Este monte de versos empilhados
Sem sentido algum
Ou terão significado?
Não sei
Nem jamais saberei
Acordei sem domir
Sem sonhar
Não estou mal-humorada
Estou preguiçosa
Deitada na cama até agora
Rabiscando letras
Sem significado
Algum dia farão sentido?
Não sei
Meu conhecimento limitado
Por essa não-vontade
De fazer qualquer coisa
Impede-me
Segura-me
E cada vez mais
Eu me deixo prender
Perder
Entre cobertores e travesseiros
Hoje não quero nada
Nada mesmo
Cansei de empilhar versos
Que não combinam
Ou será que eles fazem sentido?

27 de julho de 2008

Um pouco de mim, um pouco de todos nós

Simplesmente

Querer amor
Sentir dor
Falar, pensar
Agir...nem sempre

Começar, recomeçar
E fazer tudo de novo
Construir, derrubar
E querer voltar no tempo

Parar no sinal vermelho - ou não
Cantar alto no chuveiro

Sentir que o fim se aproxima
E correr para o outro lado
Ou pelo menos tentar

Pequenas coisas
Que nos formam
Compondo minuciosamente
Nosso coração
Nossa mente
Simplesmente.

24 de julho de 2008

Uma brisa leve toca meu rosto

Catavento

A vida é um grande círculo
Tudo que vai um dia volta
Tudo que sobe, uma hora cai
Puxados pela gravidade
Do coração que sente falta
De um braço para se abraçar
De um ouvido para te escutar
De uma luz para se achar

Quero sempre ser
Levada por esse vento
Que surge não sei de onde
E leva-me a outros lugares
Muitas vezes, dentro de mim.

20 de julho de 2008

Sentindo-me um pouco só...e testando um novo design!

Cobertor

C
O
B
E
R
T
O
Rolo pela cama. Sinto frio...
A saudade é O pior cobertor.

14 de julho de 2008

Tudo de novo...mais uma vez...

Cronômetro

Aperto o botão
E fito o visor
Tantos números
Tantos minutos
Tantos segundos
Gastos em mentiras
Em máscaras
Em uma vida, muitas vezes,
Insensata

Zero o cronômetro
Os números se apagam
Uma infinidade de zeros
Invade o mostrador

Pronto, já posso recomeçar a viver...

12 de julho de 2008

Um poema leve..........................

Suspiro

O ar entra por minhas narinas
E inunda
Todo o meu corpo
Toda a minha mente
Todo o meu ser

O ar preenche
Os espaços vazios
Os espaços aflitos
E os apaixonados também

O ar, enfim,
Sai devagar
Relaxando
E nos fazendo novamente
Voltar à razão

O ar se vai
Mas a paz
Essa permanece.

9 de julho de 2008

Perdoar é difícil, mas também é dádiva

Segunda chance


Outro dia
Poderei voltar
E terei a segunda chance
Que preciso
Para conquistar

Que bom saber
Que outra chance ainda há
Pois se não houvesse
Por mais triste que estivesse
De nada iria adiantar

Lágrimas não mudam fatos
Gritos não apagam histórias
Vidas não voltam no tempo

E antes que penses que me arrependo
Do que fiz ou não
Esclareço nesse momento
Que os versos que escrevo
Não são de dor ou lamento

São versos de alguém
Que sabe apagar o passado
E continuar meu caminho
Mas que não quer ir sozinho

E para isso
É preciso saber
Dar outra chance a alguém.

6 de julho de 2008

Nada como olhar o mar...

Praia

Quanta educação
Tem a onda
Que não se cansa
De cumprimentar
A areia macia

Quanto amor
Tem meu coração
Que não se cansa
De querer
O seu.

4 de julho de 2008

A falta de inspiração também inspira... confuso não?! rs

Queria escrever um poema

Sentada
A página em branco
Me incomoda
A caneta dá voltas sobre a mesa
O pensamento também

Levanto-me
Tomo um copo d'água
A folha de papel continua lá
Branca

Fito-a desesperada
Como se esperasse
Palavras surgidas do nada

Contudo, nada acontece
Ela permanece limpa
Eu persisto um pouco mais
E nada
Absolutamente nada
(o absoluto é algo tão grande, me dá medo)

Olho ao meu redor
E não acho respostas
Olho novamente para o papel
E ele me olha de volta
Com aquele olhar vago
De quem não tem conteúdo algum

Resolvo enfim dormir
Mas em cima da folha
Para que, caso as idéias ressurjam,
Caiam dos meus sonhos
E preencham essas linhas.