28 de maio de 2008

Desculpem o sumiço...muitas coisas pra fazer em tão pouco tempo...!!!

A vontade de ficar

Há tempos que não escrevo
Há tempos que não choro
E não sorrio

Faz parte
Do fluir da vida

As horas se passam cheias
Ou vazias
Passam sem esperar

E eu quero ficar.

Título dado por Dyane Priscila, ma amie. Merci Dy, por suas belas palavras não só aqui mas sempre...!

19 de maio de 2008

Parabéns pra você, nessa data querida...feliz!

Céu azul

Sentada frente à mesa
Mas com o caderno no colo
Escrevia mais uma história
Um capítulo talvez
De minha própria história

De repente
A luz se foi
O sol se pôs
E a lâmpada queimou

Sentada e imersa na escuridão
Lembrava de tantos dias
Tantos momentos
Em que meu pensamento
E meu coração
Eram tão escuros
Quanto aquele início de noite

Como é bom encontrar
O céu azul dentro de nós mesmos.

16 de maio de 2008

Qual é o seu aroma? Natural ou artificial?

Perfume

Em uma caixa amarela
Escondida
Caída
Amassada
Havia um frasco de perfume
Que, miraculosamente,
Não se quebrou

Seu aroma inundava os corredores
E os nossos pensamentos

Seu aroma queria inundar nossa vida

Contudo, seu vidro feria
Cortava
Fazia sangrar
Qualquer um que perto chegasse
Da pequena caixa amarela

O vento soprou
O perfume se foi
Pois somente o sentimento sólido
Tem forças para permanecer
Uma vez que o vidro quebrado
Não consegue ser colado
Em renovada perfeição.

15 de maio de 2008

Às vésperas de completar mais um outono...isso me deixa meio nostálgica...

Inocência

A criança pula
A criança dança
A criança não sabe o valor do dinheiro

A criança brinca
A criança canta
A criança não derrama o suor laboral

A criança joga
A criança grita
A criança não tem pressa, levita

Quem dera poder continuar
Criança.

Pessoal, visitem também o meu novo blog, Toalha e Talher...! O link está na lista de "Escritos Interessantes".
Um beijinho à todos

12 de maio de 2008

Segue o frio e a contagem regressiva...em breve completo mais um outono!

Conversa sobre o tempo

Sinto saudades
Do que?
Saudades de um pouco de tudo
Saudades do que?!
Da infância, de correr pelo quintal...
Saudosismo...
Da adolescência, das emoções tão intensas
Sentimental...
Do fim de semana, daquele feriado
Sossegado...
De andar descalço, como se tudo fosse
Simplesmente
Mover-se de um lugar para o outro
E não a correria urbana que hoje enfrento
Sossegado, repito...
E você? Não sente saudades?
Do tempo que se foi e jamais voltará?
Pare de me criticar!
Deixe-me viver o hoje
Preciso identificar e sentir
Todas as cores desse dia
Sem que a fumaça do passado
Sem que a tempestade futura
Impeça minha visão

Afinal, você sente saudades ou não?
Sim
Nossa diferença é o sentir
E o viver
E se você continuar neste último
Vai acabar por se perder.

8 de maio de 2008

Em casa...pensando demais...

Minha censura

Não posso falar sobre isso
Pois eu mesma
Não me permito
Dizer
O que guardo comigo
Aqui dentro
Do meu coração
Da minha mente

Preciso abrir meus lábios
E dizer coisas que façam sentido
Sentido para mim e para os outros
E isso que sinto
Não faz sentido para ninguém

Como isso pode acontecer?

Acho melhor calar estes versos
Pois eles sempre acabam
Falando por mim.

5 de maio de 2008

Precisando muito trabalhar...porém o frio faz minha cama falar mais alto...!

Análise

Esse seu olhar de pena
Quase me faz chorar
Esse seu caderno em branco
Que você tanto esconde
Me mata de curiosidade
Essa sua sala oculta
Tão vazia, tão escura
Deve parecer com seu coração
Esse seu sorriso vago
Tão amarelo quanto minha náusea
Esses minutos que não passam
Parecem tão eternos
Mas precisam terminar.

2 de maio de 2008

Esse vai sair no jornal...! Aguardem!

Sons e sons

Tantas vozes
Se contradizem
Se sobrepõem
Perdem o sentido
Se anulam
Se completam
Mas não
O percebem

Mil vozes
Ao mesmo tempo
Competem
Por uma pequena fração
De ar
Para se propagar
Contudo, outra voz
Não quer deixar

Vozes e vozes
Em nós
Sobre nós
Dentro de nós
Querendo sair
Mas não podem
Pois no externo
Tão libertador
Tão buscado
Existem ainda mais
Vozes.